Apresentação

O debate sobre as conexões filosóficas e políticas da produção marxista e meio ambiente é cada vez mais atual e urgente. A destruição das condições da vida como a conhecemos, imposta pela lógica do capital, demonstra de forma inequívoca a necessidade de mudanças radicais nas relações entre a economia e a natureza e o modo de produção.

A transformação de tudo em mercadoria impôs dinâmicas de tempo e espaço incompatíveis com os processos naturais, levando o planeta a uma situação de total desequilíbrio e exaustão. Certamente, qualquer dado que oferecêssemos sobre o tema estaria defasado, e infelizmente, para pior.  No entanto, a lógica da evolução dos processos pode ser compreendida com clareza no estudo seminal Capitalismo e Colapso Ambiental, de autoria do professor Luiz Marques, historiador da Unicamp.

De acordo com o SRC (Stockholm Resilience Center), dos 9 limites planetários – clima, biodiversidade, acidificação dos oceanos, uso da água, ocupação da terra, aerossóis, novos elementos químicos, destruição da camada de ozônio, ciclo do fósforo e nitrogênio – 7 estão sendo ultrapassados, gerando efeitos de retroalimentação que criam um ambiente de instabilidade e insegurança.

É no interior desses desequilíbrios que devemos buscar, por exemplo, as causas da Covid-19. O debate sobre as vacinas, por mais urgente e pertinente, é limitado aos efeitos e não às conexões causais dos problemas.

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